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Fundos CORUM crescem com Brexit

Os dividendos pagos no primeiro trimestre mostram resiliência do imobiliário comercial.

Os fundos comercializados pela CORUM Investments, sociedade gestora francesa presente em Portugal, mantiveram as performances do ano passado no primeiro trimestre. Os fundos comercializados em Portugal, o CORUM Origin e o CORUM XL, registaram performances de 6% e 5,66%, respetivamente, em 2020.

Ao longo do trimestre, o CORUM Origin pagou um dividendo bruto de 15,81 euros por ação e o CORUM XL de 2,69 euros.

Nos primeiros três meses do ano, os dois fundos investiram 78,3 milhões de euros, sendo que o maior investimento, 58 milhões, foi realizado na Lituânia. Foram ainda adquiridos edifícios na Holanda e no Reino Unido.

O primeiro trimestre deste ano continuou a ser marcado pela pandemia da Covid-19 e José Gavino (na foto), diretor da CORUM em Portugal, salienta que "esperávamos todos que 2021 fosse o ano da recuperação. Pode não ser assim tão rápido nem assim tão simples, mas o primeiro trimestre foi encorajador para a CORUM".

"Ambos os fundos mantiveram a rota de crescimento e foi possível fazer novos investimentos, aproveitando oportunidades em vários pontos da Europa. Como qualquer investimento em imobiliário há riscos e as performances obtidas no passado não são uma garantia de retornos no futuro. Ainda assim, e tendo em conta a perspectiva de longo prazo dos nossos fundos, acreditamos que este ano será positivo para os nossos fundos", acrescentou José Gavino em comunicado.

Ambos os fundos, que investem apenas em imobiliário comercial, registam taxas de ocupação superiores a 95%.

"A escolha dos arrendatários é fulcral na estratégia da CORUM, que apenas aceita empresas com resiliência financeira e, por isso, os efeitos da pandemia têm sido mitigados", sublinha o comunicado.

Fatores como a diversificação geográfica e sectorial "também ajudam aos bons resultados obtidos". O parque imobiliário da CORUM está espalhado por 17 países e os arrendatários, com contratos de longo prazo, são de sectores de atividade como o retalho, escritórios, hotelaria, logística, indústria e saúde.

A concretização da saída do Reino Unido da União Europeia abriu várias oportunidades que a CORUM está a capitalizar. 54% do portefólio do CORUM XL encontra-se no Reino Unido, e o fundo reforçou a sua presença no país no primeiro trimestre.

José Gavino revela que "o imobiliário comercial foi negligenciado pelos investidores que relegaram o Reino Unido para o segundo lugar no mercado europeu em termos de volume de transações, atrás da Alemanha".

"Os preços dos imóveis caíram com a incerteza do Brexit e depois com a pandemia. O CORUM XL tirou partido para investir em condições favoráveis para os compradores. O fim do Brexit e o elevado ritmo sustentado da vacinação no Reino Unido trouxeram um interesse renovado neste mercado. A libra esterlina já está a subir e esta recuperação tem uma consequência automática sobre as rendas recebidas, que beneficiam de uma taxa de câmbio favorável", apontou.

O desempenho dos fundos no primeiro trimestre deixa-os em linha com as expectativas para este ano, em que o CORUM Origin tem como objetivo uma rentabilidade, não garantida, de 5% e o CORUM XL de 6% (não garantido).

 

Fonte: Negócios