Na imprensa

Sociedade francesa à procura de imóveis comerciais em Portugal para investir

Corum já aplicou 60 milhões de euros na compra de ativos no mercado nacional e considera que a crise vai gerar boas oportunidades.

A Corum, sociedade francesa que tem vindo a realizar vários investimentos em Portugal, mantêm-se ativa no mercado nacional.

Desde 2014, já investiu 60 milhões de euros na compra de imóveis no território luso e agora está à procura de novas oportunidades no imobiliário comercial, com o objetivo de aumentar o portefólio dos seus fundos de investimento imobiliário.

Atualmente, a sociedade gere, no total, mais de quatro mil milhões de euros em soluções de poupança.

Com dois fundos comercializados em Portugal, que contam com mais de 50 mil investidores, o Corum Origin e o Corum XL, a sociedade acredita que a atual situação económica «é o momento certo para reforçar a sua estratégia de crescimento», segundo diz em comunicado, antecipando que o mercado «vai oferecer rendimentos imobiliários mais realistas face aos últimos anos».

«Apesar do momento atual marcado pela incerteza, há vários anos que nos preparamos para este tipo de situação.

As crises económicas são cíclicas e sabemos que quem está preparado para as enfrentar encontra sempre boas oportunidades de investimento», explica o diretor da Corum em Portugal, José Gavino, dando nota de que a sociedade acredita «na resiliência do setor imobiliário" e, tendo como base da sua estratégia a diversificação, com «imóveis em vários países e arrendatários de vários sectores de atividade», se encontra «numa posição confortável para crescer».

Os efeitos da Covid-19 no negócio da Corum

Quanto à crise gerada pela pandemia da Covid-9, a estratégia da Corum, na fase inicial, passou por «ajudar arrendatários que necessitaram realmente de apoio, para que possam ultrapassar esta crise e retomar a sua atividade nas melhores condições possíveis».

Uma ajuda que, aponta o gestor, criou uma «situação vantajosa para ambas as partes», sendo que, receberam até ao momento «uma percentagem baixa de pedidos para suspensão ou adiamento de rendas, incluindo em Portugal, e os que foram aceites não têm impacto relevante na performance anual dos investimentos».

No entanto, a empresa diz-se «atenta» a comportamentos de arrendatários que «possam sentir-se tentados a explorar» a atual situação.

Num cenário hipotético pessimista e simulando uma perda de 30% dos arrendatários durante um ano, a rentabilidade da Corum em ambos os fundos ultrapassaria os 4,4% este ano, de acordo com o responsável.

 «Esperamos, no entanto, estar muito próximos dos objetivos de rentabilidade anuais de 5% e 6% para o Corum XL e Corum Orgin, respetivamente.

Ainda que se tratando de realidades e investimentos muito diferentes, entre janeiro e abril, a Bolsa de Lisboa caiu quase 18% pelo que os nossos fundos podem ser uma alternativa a considerar pelos investidores», argumenta.

A prioridade agora «é procurar oportunidades de mercado que permitam expandir o portefólio dos nossos fundos e procurar as melhores soluções para remunerar os nossos investidores», realça, destacando que a sociedade tem ultrapassado sistematicamente os objetivos de rentabilidade.

«Em 2019, superámos os 6,25% em ambos os fundos. Este ano, e com a economia mundial em ponto morto, a nossa expectativa é de uma remuneração ligeiramente inferior, mas próxima do objetivo anual traçado».

Por: Idealista

 

Fonte: A voz do Algarve